sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A Biografia Do Trio Canadense RUSH

Como tudo Começou
Rush é uma banda canadense de rock progressivo formada pelo baixista, tecladista e vocalista Geddy Lee, pelo guitarrista Alex Lifeson e pelo baterista e letrista Neil Peart. A banda foi formada no fim da década de 1960 em Sarnia, Ontário, por Lifeson, Lee e John Rutsey.

Mudaram-se para Toronto para desenvolver a carreira da banda e começaram tocando canções de outras bandas em bares. Logo em 1974, duas semanas antes do início da primeira turnê, Peart assumiu a bateria no lugar de Rutsey, completando assim, a formação atual da banda.


Primeira Fase 1974–1976
A formação original da banda, em Setembro de 1968, contava com o baixista e vocal Jeff Jones, o baterista John Rutsey e Alex Zivojinovich (guitarra e vocais de apoio), mais conhecido pelo nome artístico Alex Lifeson. O irmão de Rutsey sugeriu o nome Rush batizando e, assim, decretando o início da história de um nome de sucesso. Ainda no mesmo ano, Jones foi substituído por um amigo de Lifeson, Geddy Lee. Sem apoio de gravadoras, lançaram seu primeiro disco independente em 1974, Rush. A popularidade da banda ficou circunscrita à região de Ontário até que o álbum, distribuído pela Moon Records, foi adotado pela rádio Ohio. Esse álbum, mais tarde foi redistribuído pela Mercury Records.

No início da turnê, John Rutsey teve que sair da banda por diferenças musicais em relação aos outros membros da banda. Então, duas semanas antes do início da turnê, Neil Peart “assumiu” as baquetas, criando a terceira e última formação da banda, que se mantém até hoje. Peart é considerado um dos melhores bateristas do mundo. Ele também se responsabilizou pela composição das letras, muito influenciadas por poesia clássica, literatura, ficção científica, e ainda, pela obra e filosofia de Ayn Rand, que marca, por exemplo, a canção "Anthem" do próximo álbum, Fly By Night. A repercussão do primeiro álbum nas rádios estado-unidenses chamou atenção da gravadora Mercury.

Em 1975, foi lançado o segundo álbum, Fly by Night, já contando com Neil Peart na composição das faixas. A banda começou a mostrar o rock progressivo, pelo qual ficou famosa, se afastando do hard rock e do blues, e criando arranjos e letras mais complexas. Ainda no mesmo ano foi lançado o álbum Caress of Steel, mais voltado para o progressivo e considerado por muitos como o mais subestimado. Sofreram, entretanto, alguma pressão para que mudassem o seu estilo, fazendo composições de menor duração e mais comerciais.

O lançamento do álbum 2112, em 1976, definiu, então, o estilo da banda. O disco abre com uma faixa de vinte minutos, reveladora da independência da banda em relação aos padrões considerados comerciais. A gravadora não gostou, mas transigiu, pelo fato de as demais faixas do álbum serem bem curtas e comerciais. Com isso o Rush consegue o grande feito de agradar à gravadora e a si próprios. Como esperado, esse álbum obteve boa repercussão. A partir de então, foram ficando cada vez mais conhecidos pelo mundo afora. No mesmo ano foi ainda lançado o disco ao vivo All the World´s a Stage encerrando a primeira fase da banda.


Segunda Fase 1977-1981
Em 1977, foi lançado A Farewell to Kings, disco em que se estreou o tema "Cygnus X-1", que também seria editado no álbum que se seguiria: Hemispheres de 1978. O álbum também é conhecido por "Closer To The Heart", um dos maiores sucessos da banda, e que foi ainda o primeiro compacto lançado pela banda internacionalmente. Ainda deste álbum, podemos citar "Xanadu" que se tornou uma das canções favoritas entre os fãs.

Em 1978, Hemispheres foi lançado. Talvez seja o mais conceitual dentre os últimos três álbuns da banda. O álbum trata do conflito entre razão e emoção e o equilíbrio entre ambos. A primeira faixa continuava o tema "Cygnus X-1" iniciado no disco anterior, e ocupava totalmente o lado A do disco. Além disso, o álbum trazia a primeira faixa instrumental lançada pela banda: "La Villa Strangiato". "The Trees" (que foi o compacto do disco) é muito tocada nas turnês da banda.

Em 1980, lançam Permanent Waves que traz os grandes sucessos "The Spirit Of Radio" e "Freewill". Mesmo com algumas canções tendo uma duração maior, como "Natural Science" de nove minutos por exemplo, a maioria dos temas estava dentro do tempo limite das rádios. Em resultado disso, o álbum foi Billboard's Top 10 e ganhou disco de platina pelas vendas.

Moving Pictures, o álbum seguinte, explodiu comercialmente com "Limelight", "Red Barchetta" e "Tom Sawyer", que no Brasil ficou conhecida como tema do seriado Profissão: Perigo. Outro destaque do álbum é "YYZ", que foi indicada para o Grammy. As composições de longa duração foram representadas por "The Camera Eye", de onze minutos. Nesse álbum também foi lançada a primeira parte (que, na verdade, é a terceira) da tetralogia Fear, chamada "Witch Hunt".

Moving Pictures foi terceiro lugar no Billboard Álbum Chart e ganhou quatro vezes o disco de platina. No mesmo ano, gravaram o registro ao vivo Exit... Stage Left encerrando a segunda fase da banda.


Terceira Fase 1981-1988
A partir do álbum Signals, lançado em 1982, os recursos eletrônicos (teclados, sintetizadores, samplers) começaram a ser mais explorados. A primeira faixa do álbum "Subdivisions" é um bom exemplo de tal mudança. "New World Man" que tocou nas rádios, lembrava o som do The Police. Foi uma fase experimental para a banda. Peart foi muito elogiado pelo trabalho que realizou na bateria deste álbum. As canções têm letras relacionadas com as fases da vida, em ordem cronológica. A faixa "The Weapon" dá continuidade à série Fear.

Grace Under Pressure, lançado em 1984, continuou esta tendência. Considerado pelo Rush seu álbum mais comercial, é neste CD que Terry Brown, co-produtor da banda desde o primeiro disco, deixa os projetos da banda, sendo substituído por Peter Henderson. Esse disco traz a terceira parte (que, na verdade, é a primeira) da tetralogia Fear, chamada "The Enemy Within". Uma curiosidade é que quando tocam "Red Sector A" ao vivo, Lee só toca teclados. A canção "Between the Wheels" deste álbum, é como "Subdivisions" no Signals: são canções em que predominam os sintetizadores. Ambas as canções, mais tarde, se tornaram videoclipes famosos na MTV dos Estados Unidos.

Em Power Windows, lançado em 1985, a banda troca, novamente, de co-produtor, sendo dessa vez o trabalho assumido por Peter Collins. "The Big Money" e "Mystic Rhythms", são provavelmente as canções com maior repercussão, pois ambas tiveram um videoclipe na MTV. Este disco, repleto de obras-primas, trazia ainda canções como "Manhatan Project", "Marathon", "Territories", "Middletown Dreams" e "Emotion Detector".

Lançado em 1987, Hold Your Fire Trazia letras que trabalhavam o tema instintos. Em "Time Stand Still", Aimee Mann faz vocais extras. Este álbum teve ainda os sucessos "Force Ten", "Prime Mover" e "Turn the Page".

Em 1988 foi gravado o álbum ao vivo A Show of Hands, encerrando a terceira fase da banda. Também foi lançado o vídeo do concerto que foi terceiro no Billboard's Top Music Videos' e décimo no Top Videocassette Sales Chart. Curiosidade é que mesmo ao vivo, Geddy é quem toca os teclados e sintetizadores das canções.


Quarta Fase 1989-1998
A partir do álbum Presto, lançado em 1989, o trabalho da banda deixou de dar tanta prioridade aos teclados, mas ainda o usando de forma esplêndida. Em "Show Don’t Tell" e "Superconductor", nota-se menos sua presença, já em "Chain Lightning", "Scars" e "Red Tide", os sintetizadores têm muito destaque. "Scars" junta um padrão complexo de ritmos onde a bateria acústica e eletrônica são usadas. De acordo com Geddy Lee, a canção "The Pass" é a favorita da banda. Neste álbum, novamente, o co-produtor foi substituído. Em seu lugar entrou Rupert Hine.

A turnê do álbum Presto foi a última em que Peart usou bumbo duplo em sua bateria. A partir de Roll the Bones ele passaria a usar pedal duplo.

Após Presto, foi lançado o Chronicles, coletânea de 1990, com dois CDs e um vídeo com videoclipes que abrangem toda a carreira da banda. Recentemente, em 2001, os vídeos foram relançados em DVD.

Em 1991, a banda lança um novo trabalho. Roll the Bones. "Dreamline" e "Roll the Bones" foram populares na rádio do começo da década de 1990. A faixa "Roll the Bones" teve também direito a um videoclipe. "Where’s My Thing?" é o terceiro instrumental da banda, tendo sido indicado para o Grammy. Destaque também para "Bravado", uma das canções mais emotivas da banda, como se pode ver nos concertos.

Counterparts foi o álbum seguinte da banda. Lançado em 1993, marca a volta de Peter Collins na co-produção do trabalho. O CD ganhou mais um instrumental da banda, "Leave that Thing Alone" que foi indicado mais uma vez para melhor instrumental no Grammy. "Stick it Out" é uma das composições mais pesadas do Rush, talvez introduzindo o estilo que teria o próximo álbum. Seu videoclipe chegou a aparecer em um capítulo de um desenho animado da MTV. "Nobody's Hero" chegou a ter direito também a um videoclipe. Outros destaques do álbum são "Animate", "Cut to the Chase" e "Between Sun and Moon".

Antes de lançar o álbum Test For Echo, a banda dedicou algum tempo a projetos paralelos. Lifeson lançou seu disco solo Victor. Enquanto Lee dedicou seu tempo à sua família, Peart produziu o primeiro volume de Burning For Buddy. Neste álbum participaram vários bateristas a convite de Peart: nomes como Dave Weckl, Steve Gadd, Bill Bruford, entre outros - alguns até já haviam tocado com Buddy Rich. A partir de então, Neil se motivou a voltar a estudar bateria, para descobrir timbres e ritmos novos. Pode-se notar uma mudança na maneira de tocar nos álbuns que se seguiram.

Em 1996 foi lançado Test For Echo. Neste álbum a banda fez um som bem criativo e com peso na medida exata, que agradou bastante ao público. "Limbo" se tornou o mais recente instrumental da banda. A linha de baixo de "Driven" ficou muita marcada para os fãs e, desde então, nas turnês onde a banda a toca, Lee faz um improviso no meio da canção. No ano seguinte Peart produziu o segundo volume de Burning For Buddy.

Dois anos depois foi lançado o álbum triplo ao vivo Different Stages. Os dois primeiros CDs foram gravados durante as turnês do Counterparts e Test For Echo. O terceiro CD consistia em material que estava guardado de um concerto de 1978, marcando a primeira fase da banda.


Fase Atual
Depois de Test For Echo, a banda interrompeu os trabalhos por problemas pessoais na vida de Peart. A sua filha, Selena, morreu em um acidente de carro em Agosto de 1997 e, logo depois, a sua esposa, Jacqueline, morreu de câncer em Junho de 1998. Peart entrou, como ele mesmo descreve, em uma jornada de cura com sua motocicleta, viajando milhares de quilômetros pela América do Norte. Essa jornada foi mais tarde descrita no livro Ghost Rider: Travels on the Healing Road.


Biografias

Garry Lee Weinrib
Geddy Lee nasceu no dia 29 de julho de 1953. Ganhou o apelido "Geddy" de um amigo, aos 12 anos. Isso, porque, sua mãe, por ser polonesa, pronunciava seu nome com sotaque bastante carregado. Além de ser responsável pela "voz do Rush", também é baixista e tecladista. Junto com Alex, compôs a maioria das músicas da banda (enquanto Neil, tradicionalmente, se encarrega das letras). Como vocalista, caracteriza-se pelo seu timbre peculiar - "anasalado" - que vai desde o agudo (característico nos primeiros discos do Rush) até o grave com facilidade.

Já como baixista é considerado um dos monstros sagrados do instrumento. Isso porque Geddy não toca, simplesmente. Ele praticamente sola o tempo inteiro. Enquanto a maioria dos seus colegas utiliza o baixo para "fazer a marcação", Mr. Lee imprime um estilo jazzístico, repleto de técnica e contrapontos que tornam o instrumento vivo, com linhas cheias e pulsantes. Com isso, adiciona um contorno ainda mais peculiar ao complexo som do Rush. Sua performance virtuosa casou-se perfeitamente com o "estilo Neil Peart" de tocar bateria (repleto de velocidade e contratempos).

Resultado: os dois formam a "cozinha" mais admirada do rock'n'roll. Parâmetros para essa combinação de talentos talvez só exista entre os grandes nomes do jazz. Por outro lado, em seu projeto solo intitulado sugestivamente "My Favorite Headache" (2001), Geddy deixou de lado seu virtuosismo e enveredou por um caminho mais melódico. Neste trabalho seu som ficou mais "acessível". Na época de lançamento, o músico declarou que buscava uma outra forma de expressão, "não precisando subir e descer escalas em alta velocidade".

Para muitos, a genialidade do "bruxo" (um de seus apelidos) é ainda mais acentuada pelo fato de tocar como poucos, ao mesmo tempo em que canta. Ou seja, Geddy tem coordenação para tirar passagens sofisticadíssimas do seu baixo enquanto está com os olhos fixos no horizonte, verbalizando as letras de sua banda (sendo que muitas vezes ainda comanda os teclados com pedaleiras). Um absurdo. Tamanha competência lhe rendeu um trocadilho no meio musical, que sintetiza de forma perfeita tudo o que pode ser dito sobre o seu trabalho: "God" Lee.


Para conhecer Geddy Lee

- "Tom Sawyer", clássico do Rush (Moving Pictures, 1980).

- "Marathon" (Power Windows, 1985), virtuosismo na medida exata combinado ao talento vocal.

- "A Show of Hands"(video) percebe-se que Geddy faz as duas funções com imensa facilidade, sem sequer olhar para o baixo.

- "Show Don't Tell" (Presto, 1989), traz um solo de extremo bom gosto e musicalidade, usando alguns truques peculiares, como harmônicos e ghost-notes.

- "Alien Shore" (Counterparts, 1993), levada jazzística elegante e virtuosa.

-"Closer To The Heart", clássico da banda, em sua gravação de 1998 (Different Stages), a versão torna-se mais extensa em seu final, pois Alex e Neil fazem uma base para Geddy "brincar" com seu instrumento.


Projetos paralelos

Produziu o álbum No Static do Wireless, 1979.


Vocal na música "Take Off" do álbum Great White North de Bob e Doug MacKenzie, 1981.


Tocou em duas faixas do álbum Vignettes de Marie Lynn Hammond, 1983.


Produziu o álbum do Boys Brigade, 1983Vocal na música "Tears Are Not Enough" das "Estrelas do Norte pela África", 1985.


Tocou na faixa "Good For Sule" do álbum Blue, Green, Orange, I Mother Earth's , 1999.


Tocou baixo e teclados e escreveu "The Road" no álbum Euphoria do Euphoria, 1999.


Vocal em "O Canada" com Alex na trilha sonora de South Park: Bigger, Longer & Uncut, 1999.


Produziu o álbum de lançamento do Rocket Science, e cantou em uma faixa, 1999.


Lançou seu álbum solo, My Favourite Headache, 14/11/2000.


Escolha dos leitores:Hall Of Fame para melhor Baixo de Rock (ganhou a categoria por mais de cinco vezes), Guitar Player Melhor Baixista Rock, Bass Player, 1993.


Alexander Zivojinovich
Alex Lifeson, cujo nome verdadeiro é Alexander Zivojinovich, nasceu no dia 27 de agosto de 1953 em Fernie, British Columbia. Segundo ele, "Zivojinovich" se traduz como "filho da vida", o que originou seu nome artístico. O guitarrista do Rush é considerado o cientista da banda, pois busca constantemente sonoridades diferentes para expressar sua musicalidade. Extremamente versátil, Alex é competente em riffs, solos e texturas, caracterizando-se por apresentar uma distribuição precisa sobre os tempos e um trabalho rítmico muito elaborado. Junto com Geddy, compõe as músicas do power trio.

Apesar de ter sido influenciado por grandes guitarristas, como Eric Clapton e Jimi Hendrix, um dos maiores méritos de Alex foi ter criado um estilo próprio, misto de virtuosismo e comedimento de acordo com as circunstâncias. Sua forma de tocar é extremamente importante para completar a sonoridade da banda sem gerar conflitos entre os instrumentos.

Ainda sobre seu desempenho e a maneira que ele se enquadra no Rush, Mr. Lifeson declarou para a revista brasileira Cover Guitarra, que prioriza a originalidade em suas composições: "sempre procuro fazer algo que soe diferente do usual, que fuja do lugar-comum. Não quero ser o cara mais rápido da vizinhança e nem me importo com isso". Em 1996, Alex lançou seu projeto solo, intitulado "Victor", onde aprofunda suas características experimentais e flerta com o metal.


Para conhecer Alex Lifenson
- "Limelight", clássico do Rush (Moving Pictures, 1981). Riff preciso e um solo de arrepiar que leva os fãs ao delírio durante os shows.


- "La villa Strangiato" (Hemispheres, 1978), instrumental com guitarra marcante que, segundo Alex, é um tributo à psicanálise.


- "The Spirits Of Radio" (Permanent Waves, 1980). Um dos riffs mais originais da história do rock.


- "Chemestry" (Signals, 1982). Esta música traz um de seus solos favoritos.


- Álbum "Counterparts", de 1993. Depois de um período de certa discrição, a guitarra do Rush volta ao primeiro plano - tendência que se aprofundaria em "Test For Echo" (1996) e "Vapor Trails (2002.


Neil Elwood Peart
Neil Elwood Peart nasceu em Hamilton, Ontário, no dia 12 de setembro de 1952. Começou a estudar bateria aos treze anos em uma "singela e inesquecível bateria vermelha". Nessa época, foi influenciado por bateristas como Keith Moon (The Who) e Bill Bruford (Yes, King Crimson, Earthworks).

Venerado como um dos maiores bateristas da história do rock (e para muitos, o maior de todos os tempos), Neil ingressou no Rush em 1975, ano de lançamento do segundo disco da banda: "Fly By Night".

Ainda na década de 70 tornou-se o letrista oficial do Rush. Seus textos dissertam sobre temas complexos, bebendo em fontes filosóficas, mitológicas e de ficção científica. Esse cerebralismo nas letras conferiu um caráter ainda mais denso à banda, combinando perfeitamente com a sonoridade virtuosa do power trio mais influente do planeta.
Como baterista, Neil é um fenômeno. Combina velocidade espantosa, técnica e uma criatividade únicas. Influenciou gerações inteiras de bateristas e obteve a reverência de grandes nomes do jazz.

Entre 1980 e 1986 acumulou os mais variados prêmios da Modern Drummer - a mais conceituada publicação sobre bateria e percussão do mundo. Ainda em 1986 foi considerado "the best all around" e elevado à condição de "hors concours", tornando-se "inelegível" nas principais categorias da revista.

No meio musical seus apelidos são, entre outros, "O Professor" e "Polvo de velozes tentáculos". Geddy Lee, em entrevista concedida em 2001, definiu seu colega de banda como "A máquina de fogo".
Seus feitos não deixam por menos. Em 1985, por exemplo, gravou num único dia 5 músicas para o álbum "Power Windows". Seus solos beiram o impossível: no trabalho ao vivo "A Show Of Hands" Neil arrepia sua Ludwig branca com uma performance baseada em sua incrível velocidade; já em "Different Stages", também ao vivo, o solo se alonga e são adicionados novos elementos percurssivos ao seu inconfundível estilo.

Como se tudo isso não bastasse, Mr. Peart também se aventura pela literatura. Escreveu os livros "Masked Rider" (1996) e "Ghost Rider" (2002), além de diversos artigos e contos.
A saga deste gênio das baquetas parece fadada ao mítico: em 2001, a Revista Bilboard apontou o álbum "Signals" como "o maior desempenho de um baterista em estúdio em todos os tempos".

Nota: Em agosto de 1997, Neil Peart perdeu a sua única filha, Selena, em um acidente automobilístico. Menos de um ano depois, em junho de 1998, sua esposa Jaqueline Taylor faleceu vitimada por um câncer. Em 9 de Setembro de 2000 Neil casou-se com a fotógrafa Carrie Melissa Nuttall.


Para conhecer Neil Peart
- "La Villa Strangiato" ("Hemispheres", 1978), primeira música instrumental gravada pelo Rush e um de seus grandes clássicos.


- Os inigualáveis solos "The Rhythm Method" (presentes em "A Show Of Hands", 1989 e "Different Stages", 1998.


- Álbums "Moving Pictures" (1981) e "Signals" (1982). Nesta época Neil elevou a categoria "baterista de rock" a alturas antes destinadas somente aos grandes nomes do jazz.


- "The Buddy Rich Scholarship Concerts III & IV". Nestes vídeos gravados ao vivo Neil apresenta-se no já tradicional concerto anual em memória ao grande baterista de jazz Buddy Rich, acompanhado pela própria Buddy Rich Big Band (repare na expressão de surpresa e alegria nos membros desta banda - principalmente o grande saxofonista Steve Marcus - quando Neil faz seu solo).


- Álbums "Burning For Buddy I & II" (1994 e 97). Discos produzidos por Peart em homenagem ao grande Buddy Rich, com participações de vários bateristas de renome, inclusive do próprio Neil.


- Vídeo "A Work In Progress". Filmado durante as gravações de "Test For Echo", em 1996. Neil apresenta o seu novo estilo de tocar (resultado de um longo período de aulas com o mestre do jazz Freddie Gruber), além disso, fala sobre o seu processo criativo e seu instrumento.


- "One Little Victory" ("Vapor Trails", 2002). O retorno "furioso" de Neil Peart, depois de um hiato de 6 anos sem trabalhos do Rush.


Projetos paralelos

Tocou em duas faixas do álbum "Champion" (1985), de Jeff Berlin, juntamente com Steve Smith.


Compôs e tocou o solo "Pieces of Eight" para um flexi-disc lançado pela revista Modern Drummer (1987)


Lançou o livro, "The Golden Lion" (1987, distribuição restrita)


Lançou o livro, "The African Drum" (1988, distribuição restrita)


Lançou o livro, "Raindance Over the Rockies" (1988, distribuição restrita)


Tocou no "Buddy Rich Memorial Scholarship Concert" (1992)


Tocou em três faixas do álbum "Whale Music", do Rheostatics (1992)


Produziu o álbum "Burning For Buddy: A Tribute To The Music Of Buddy Rich" (1994)

Lançou o livro "The Masked Rider: Cycling in West Africa" (1996)


Lançou o vídeo didático "A Work In Progress" (1997)


Produziu o álbum "Burning For Buddy II: A Tribute To The Music Of Buddy Rich" (1997)


Lançou o livro "Ghost Rider: Travels On The Healing Road" (2002)


Prêmios
Escolha dos leitores (Revista Modern Drummer)
Melhor Baterista de Rock, 1980
Melhor Baterista de Rock, 1981
Melhor Baterista - estúdio, Moving Pictures, 1981
Melhor Baterista de Rock, 1982
Melhor Percussionista instrumental, 1982
Melhor Baterista, Exit... Stage Left, 1982
Melhor Multi-Percussionista, 1983
Hall Of Fame, 1983
Melhor Baterista de Rock, 1983
Melhor Baterista - estúdio, Signals, 1983
Melhor Baterista de Rock, 1984
Melhor Multi-Percussionista, 1984
Melhor Multi-Percussionista, 1985
Melhor Baterista de Rock, 1985
Melhor Baterista - estúdio, Grace Under Pressure, 1985
Melhor Multi-Percussionista, 1986
Honor Roll, Melhor Multi-Percussionista, 1986
Melhor Baterista "All-around", 1986
Melhor Baterista - estúdio, Power Windows, 1986
Melhor Baterista - estúdio, Hold Your Fire, 1988
Melhor Baterista - A Show Of Hands, 1989
Melhor Baterista - estúdio, Presto, 1990
Melhor Baterista - estúdio, Roll The Bones, 1992
Melhor Baterista - estúdio, Counterparts, 1994
Melhor Baterista - estúdio, Test For Echo, 1997
Melhor Baterista - Different Stages, 1999